1. INTRODUÇÃO
A Geografia urbana
é o termo utilizado para designar os estudos dedicados às cidades, bem como seu processo de produção urbana,
em outras palavras, o modo como se dá a expansão da cidade, a configuração da
mesma, e o modo como as pessoas irão se agrupar sob determinadas lógicas
sociais, originando os denominados “tecidos urbanos”.
Dentro
das idéias elaboradas pela geografia urbana temos que o meio urbano, a
contrário do rural possui uma dinâmica própria, nunca sendo um conjunto coeso
sob o mesmo período temporal. Isto equivale dizer que de tempos em tempos,
camadas de novas configurações urbanas e populacionais irão se instalar sob
determinada área não planejada, suplantando uma realidade anterior daquela
mesma região. Como definia o falecido geógrafo Milton Santos, “a cidade é uma
sucessão de tempos desiguais”, ela não cresce e se desenvolve de maneira
uniforme. Podemos ter setores menos desenvolvidos e economicamente
desvalorizados, que praticamente são amputadas do desenvolvimento do restante
do corpo urbano, constituindo, em casos mais extremos, verdadeira “cápsula do
tempo”; por outro lado, setores de centros mais desenvolvidos e cosmopolitas
estão a cada momento renovando-se, alimentados principalmente pela sua dinâmica
econômica e alta mobilidade
social de
seus habitantes.
O ensino de Geografia tem,
como um de seus objetivos, a busca pela compreensão das relações existentes
entre os lugares e as pessoas que neles vivem. Em um mundo onde as distâncias e
os obstáculos físicos têm sido superados pelo desenvolvimento tecnológico e
científico, precisamos conhecer como se constroem os espaços geográficos,
entender as causas dos problemas sociais e naturais gerados neles e, como esses
problemas estão inseridos na dinâmica social, para assumirmos uma postura
consciente em relação à necessidade das transformações sociais.
O estudo de caso proposto
tem como alvo a cidade de Sete Lagoas, localizada a noroeste de Belo Horizonte,
a cerca de 70 Km da capital mineira, e traz uma visão diferente sobre o
crescimento desta cidade que compõe a região metropolitana.
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar a Cidade de Sete
Lagoas / MG, sua importância, seu crescimento e desenvolvimento, afim de
assimilar e visualizar suas mudanças.
2.2 Objetivos específicos:
Descrever o crescimento da
cidade de Sete Lagoas / MG, pontuando seus diversos aspectos tanto econômico,
histórico e cultural. A fim de criar um paralelo sobre seu desenvolvimento e
potencial.
Trazendo uma reflexão sobre
o fluxo urbano e sua importância para a rede urbana e rural da cidade.
3. METODOLOGIA
Com o intuito de uma
atividade didática e pedagógica acadêmica os alunos Ernane Xavier, Leandro
Wagner e Werbert Pereira, da faculdade Pedro II (FAPE II), realizaram uma visita
técnica a cidade de Sete Lagoas MG, no dia 22/10/2013. Em campo foram coletados
um grande acervo de imagens e experiências que contribuíram com o trabalho de
pesquisa proposto, para sustentar e completar ainda mais este trabalho foram
utilizados também um acervo didático já publicados como jornais e livros.
As informações obtidas pela
visita do Trabalho de Campo, foram registradas sistematicamente em caderno de
registro, máquina fotográfica e gravação em áudio e filmagem.
4.
DESENVOLVIMENTO
4.1 Roteiro visitado
Com partida determinada as
09:00 horas de Belo Horizonte, seguimos para a cidade de Sete Lagoas, onde
visitamos a Igreja de Santo Antônio no centro da cidade e a Prefeitura de Sete
Lagoas, com uma relação de perguntas elaboradas pelo trio começamos a nossa
entrevista informal, deixamos a sede da prefeitura e fizemos um percursos para
conhecermos as feições geográficas do local, as lagoas como ponto de partida,
nos auxiliou no trajeto.
Visitamos também a Serra de
Santa Helena localizada a apenas 3km do centro da cidade de Sete Lagoas MG, uma
área de preservação, seu ponto alta de visitação e o mirante da igreja, e que
também conta com um parque, dentro de sua área. O parque da Cascata uma área de
preservação da fauna e flora do local que e tem uma bela queda de água.
I
Imagem 01: Visão do alto da Serra de Santa
Helena
Fonte: Fotografia retirada pelo grupo em 22
de outubro de 2013
4.2 Cidade Escolhida
A Cidade escolhida pelo
grupo foi Sete Lagoas, devida sua importância histórica que contribui pela
valorização de toda região metropolitana de Belo Horizonte.
4.3 Contextualização Histórica
A fundação de Sete Lagoas data do tempo das
bandeiras. Na febre do ouro, os Bandeirantes, muitas vezes velhos e
alquebrados, se internavam pelos sertões, numa ambição nunca diminuída pelos
contratempos e revezes sofridos, em sucessivos embates com as feras e com os
índios. Dos nativos conseguiam a confissão dos lugares onde poderiam encontrar
o ouro ou as pedras preciosas de que andavam à cata, por meio de artimanhas
astuciosas, ou de ameaças terríveis, como fazia o famoso Anhanguera, lançando
fogo à uma bacia cheia de álcool. Fariam o mesmo com os seus rios e lagos se
não revelassem onde estava o ouro com que pretendiam abarrotar as arcas régias.
Só assim conseguiriam conquistar da corte portuguesa os ambicionados títulos
honoríficos com que pavoneariam suas pseudo divindades nos salões da
aristocracia do rio de Janeiro.
Naquele tempo, receber do Rei o título de Barão,
Marquês, Conde ou Duque era a maior honraria que se podia alcançar. Muitos
brasileiros, desejosos de se tornarem nobres, resolveram sair à procura da
Serra Resplandecente. É claro que o descoberto ficaria pertencente ao Rei de
Portugal, que era o único dono de todas as minas existentes e por existir no
Brasil. Mas o descobridor receberia do Rei um título de honorífico, o que não
era pouco; e isso por si só, constituía honra tamanha que não havia quem não a
quisesse.
Assim aconteceu com Fernão Dias Paes Leme – o
Governador das Esmeraldas. Em 1677, já com 60 anos, ainda quis descobrir
esmeraldas para o Rei de Portugal. Saiu de São Paulo e cruzou as terras de
Minas Gerais até o Grão Mogol. Ao meio da jornada, porém, faltou-lhe dinheiro
com que pagar aos expedicionários e ele teve de mandar um importador a São
Paulo para buscá-lo, ainda que com o sacrifício da própria família, por que
queria levar avante suas pesquisas para a descoberta da tão sonhada Serra
Resplandecente. Estava, então, nas proximidades da Quinta do Sumidouro, Bacia do
Rio das Velhas, onde se arranchou com os seus homens, à espera do emissário que
mandara à São Paulo.
Enquanto esperava, internou-se pelos arredores na
expectativa de descobrir alguma novidade que lhe fosse útil e ao Rei de
Portugal. Foi então que encontrou, em um serrote das Sete Lagoas, um minério
argentífero de singular beleza. Presume-se que o serrote a que se referem
vários historiadores seja a Lapa do Chumbo, da Fazenda das Melancias e que foi
pesquisado por vários mineralogistas, inclusive pelo engenheiro Dr. Teófilo
Benedito Otoni, nome estreitamente ligado aos acontecimentos que marcaram a
vida desta comunidade nos primeiros lustros deste século.
Fernão Dias trouxera consigo, além dos outros
parentes, dois filhos – Garcia Paes que era legítimo; e José Dias, seu filho
natural e de criação. Este, cansado de suas reiteradas tentativas no sentido de
dissuadir o pai a prosseguir a árdua jornada que tomara a peito, revoltou-se
contra ele, chefiando uma rebelião na bandeira e que tinha por fim eliminar sumariamente
o seu velho chefe. Descoberta a conspiração, Fernão Dias sentenciou que o chefe
da rebeldia pagaria com a própria vida o seu audacioso gesto.
Sua palavra, solenemente empenhada, foi cumprida à
risca: José Dias foi enforcado à vista dos seus companheiros de expedição sendo
estes expulsos da bandeira que tentaram enxovalhar. Desnorteados, os sediciosos
deixaram o acampamento e saíram à deriva vindo acampar às margens do Ribeirão
Matadouro, na planície das Sete Lagoas. A várzea do João Corrêa viu surgir
então as primeiras casas que marcaram o nascimento de uma grande cidade. Essa
preferência pelo local, vem reforçar a nossa convicção de que o famoso
"minério argentífero" tenha sido encontrado na conhecida Lapa do
Chumbo.
Em abono dessa assertiva, o apego ao bairro da
várzea dos Corrêa e Pereira da Cunha que, segundo a tradição, descendem dos
nossos primeiros povoadores.
Em 1681, desbaratada a bandeira de D. Rodrigo de
Castelo Branco, assassinado no município de Sabará – no local hoje denominado
"Fidalgo", integrado ao município de Pedro Leopoldo – parte dos
componentes dessa expedição, constituída de sertanistas e índios, tomou rumo às
Sete Lagoas, alojando-se no povoado que nascia. Tribos nômades e pacíficas
percorriam toda a região e a sua assimilação com os novos moradores
processou-se naturalmente. As uniões com as nativas tornaram-se comuns,
formando novas famílias que proliferavam progressivamente e se mantinham dentro
das normas do mais absoluto respeito. Não havia desentendimentos que pudessem gerar
ódios. O trabalho constituía a característica daquela gente, como se tivesse
noção de sua destinação histórica.
4.4
Fundação da Cidade
Em 1700, João Leite da Silva Ortiz, um típico representante da raça do
sertanista de São Paulo, filho de Estevão Raposo Bocarro e de sua mulher, D.
Maria de Abreu Pedroso Leme, sobrinha de Fernão Dias Pais e tataraneto de Brás
Cubas, veio para Minas. O que caracterizava os paulistas nos primórdios do
século XVIII era a instabilidade. Não se demoravam em lugar algum. Sempre à
procura de melhores faisqueiras, aventuravam-se à descoberta de novos sertões.
Este é o caso típico de João Leite da Silva Ortiz. Em janeiro de 1711, obteve a
Sesmaria do Cercado. No mesmo ano, 8 de fevereiro, obtinha a de Sete Lagoas.
Esta última por um lapso qualquer, não ficou registrada nos livros da
Secretaria do Governo. Lá ficou apenas o título, com a página em branco.
Mas João Leite da Silva poucos anos permaneceu na posse do seu sítio das
Sete Lagoas; dispôs dessa e da Sesmaria do Cercado, seguindo para São Paulo a
fim de preparar expedição a Goiás, onde criou várias fazendas, seis das quais
menciona em seu tratamento feito em Recife, a 3 de dezembro de 1736 (Francisco
de Assis Carvalho Franco, Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil).
Vendendo tudo que tinha em Minas, dando "por um o que valia dez",
seguiu para São Paulo, com seu irmão, Capitão Bartolomeu Bueno da Silva,
organizou um corpo de 500 homens e marchou para Goiás.
Em Minas, a Sesmaria das Sete Lagoas foi concedida a Antonio Pinto de
Magalhães. Existe o documento da concessão da sesmaria, no qual Antonio Pinto
de Magalhães afirma que a comprara de João Leite da Silva Ortiz, o qual ali se
instalara no ano de setecentos.
Depois de Antonio Carvalho de Figueiredo, não conseguimos quais os que o
sucederam na posse da Fazenda das Sete Lagoas, quando, afinal, nos aparece o
Sargento-mor Antonio Francisco Sarzedas, em 1885, como vendedor do referido
imóvel ao Sr. José Inocêncio Pereira.
Pelo exposto acima, a Casa Grande, que a tradição nos aponta como
primitiva sede da Fazenda das Sete Lagoas, parece Ter sido construída pelo Sr.
José Inocêncio Pereira.
4.5 Sitio Urbano
Sete Lagoas está situada numa região central do Estado de Minas Gerais,
na Zona Metalúrgica, ficando a 70km da capital do Estado, em direção ao Norte.
Sua altitude média é de 766m e sua área corresponde a 519km². O município é
formato de terreno calcário, na constituição de morros e planície, todo bem
servido por nascentes de águas. O município de Sete Lagoas em sua posição
central possui limites com outros municípios, a saber: ao Norte, limita-se com
Araçaí, Caetanópolis, Jequitibá e Paraopeba; ao Sul, com Esmeraldas e Capim
Branco; a Leste com Funilândia e Prudente de Morais; a Oeste com Inhaúma. A
distância entre estes municípios varia entre 9 a 48 km, sendo as estradas, em
sua maioria asfaltadas.
O relevo do município de Sete Lagoas é
formado de um imenso Planalto com algumas elevações. Situado dentro da chamada
Depressão São Franciscana, o relevo do município de Sete Lagoas é o do tipo
ondulado, com altitudes que variam de 700 a 1.076m. A altitude média do
município é de 766,073 metros. Destaca-se na região altitudes superiores a
1.000m na Serra de Santa Helena, localizada a noroeste da cidade. Esta Serra
constitui o principal divisor de água dos rios Paraopeba e das Velhas, das
bacias que drenam o município.
Situa-se na Depressão São Franciscana o
município de Sete Lagoas e este nas bacias dos rios Paraopeba e das Velhas. Os
principais afluentes do Rio das Velhas são: os Ribeirões do Matadouro, Vargem
dos Tropeiros e Jequitibá. Os afluentes do Rio Paraopeba são: Ribeirão São João
e Ribeirão dos Macacos. Há também o córrego do Diogo que atravessa grande parte
da cidade. São inúmeras as lagoas da região, destacando-se por serem as sete
que dão nome à cidade, Lagoas: Paulino, José Félix, Catarina, Boa Vista,
Matadouro, Chácara e Cercadinho. Todas estão localizadas no perímetro urbano.
4.5.1 Hidrografia
O município é cortado por uma Serra de natureza
calcária, que é o divisor de águas das bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba.
A rede hidrográfica é constituída pelos afluentes do rio Paraopeba: São João,
Lontra, Gineta e pelos afluentes do Rio das Velhas: Jequitibá, Paiol,
Matadouro.
A rede de drenagem do Município, que faz parte da
Bacia do Rio São Francisco, consta de dois importantes cursos de água, o Rio
das Velhas e o Paraopeba. O primeiro tem como principais afluentes locais dois
ribeirões, do Matadouro e Jequitibá, e o Córrego Vargem do Tropeiro, o segundo,
os Ribeirões São João e dos Macacos.
Principais mananciais de superfície: Ribeirão
Matadouro, Córrego do Diogo e Tropeiros.
4.5.2 Relevo
O relevo do município de
Sete Lagoas é formado de um imenso Planalto com algumas elevações. Situado
dentro da chamada Depressão São Franciscana, o relevo do município de Sete
Lagoas é o do tipo ondulado, com altitudes que variam de 700 a 1.076m.
A altitude média do
município é de 766,073 metros. Destaca-se na região altitudes superiores a
1.000m na Serra de Santa Helena, localizada a noroeste da cidade. Esta Serra
constitui o principal divisor de água dos rios Paraopeba e das Velhas, das
bacias que drenam o município.
As cotas mais baixas
situam-se no extremo norte. Na Serra de Santa Helena localizada a noroeste da
cidade, encontra-se o ponto de maior altitude. Os terrenos possuem declividade
que permitem a sua mecanização.
4.5.3 Vegetação
A vegetação
natural predominante na região é o cerrado, com espécies vegetais como
Jequitibá, Vinhático. Hoje encontra-se bastante degradada ou foi substituída
por pastagens e plantações. A reserva florestal existente a oeste da Serra de
Santa Helena marca a presença da Floresta Tropical, bastante restrita no
município. Ela se constitui de uma reserva ecológica com 50 hectares de mata nativa,
fauna e flora privilegiada. Os reflorestamentos de eucalipto, quase todos
pertencentes a companhias locais, correspondem a 2% da área municipal em 1982 e
apenas 0,96% em 1987.
4.5.4 Topografia
Do ponto de
vista geológico, Sete Lagoas está enquadrada numa região de rochas do Grupo
Bambuí, constituída de calcários cinzentos intercalados por mármore acinzentado
(Formação Basal ou Sete Lagoas) e ardósias sobrepostas ao calcário (Formação
Santa Helena). Encontra-se Latossolo Vermelho distroférrico típico A moderado
muito argilosos e Latossolo Vermelho-Escuro distrófico textura argilosa fase
cerrado.
O relevo da
cidade apresenta-se nas seguintes características: plano 60%, ondulado 35% e
montanhoso 5%.
4.5.5 – Clima
De acordo com a
classificação do IBGE (2006a), o clima da região de Sete Lagoas é caracterizado
como tropical semi-úmido, com duas estações bem distintas: inverno ameno e
seco, e verão chuvoso e quente. A temperatura média do mês mais frio é de 18°C
e do mais quente é de 22°C. A média normal anual de precipitação total varia
entre 1200 a 1500 mm. A distribuição das chuvas não é homogênea, com 4 a 5
meses de estiagem, sendo o mês de janeiro o mais chuvoso (289,0 mm) e o mês de
agosto o mais seco (10,1 mm). A média da umidade relativa do ar anual é de 70%,
ocorrendo baixos valores médios mensais durante a estação seca, entre maio e
setembro, período de menor índice pluviométrico.
Na estação
chuvosa pode ocorrer, inundações nas várzeas e regiões mais baixas. Nos meses
mais secos, quando praticamente não chove, as pastagens e a vegetação de modo
geral ficam excessivamente secas, propiciando a ocorrência de incêndios na
vegetação (PMSL, 2006a). Como essa área está inserida em ambiente cárstico, é
importante ressaltar que os estágios da evolução do relevo, nesses ambientes,
estão diretamente ligados à quantidade das chuvas. Nos climas úmidos ou
semi-úmidos, como o de Sete Lagoas, a precipitação é o principal fator de
formação do relevo, atuando, direta ou indiretamente, devido à ação da água e à
conseqüente dissolução das rochas em subsuperfície e superfície. No contexto do
espaço geográfico hidroclimático, Sete Lagoas pode ser considerada em domínio
com excedente hídrico, quando as quantidades de águas precipitadas, na forma de
chuva, são superiores àquelas que retornam na forma de vapor, as quais são
resultado dos processos de evaporação e transpiração (PMSL, 2006a).
Domina na área,
o clima tropical de altitude, com verões quentes e chuvosos e invernos secos.
Estação chuvosa de outubro a março e estiagem de maio a agosto. O índice médio
pluviométrico anual é de 1.403.Naturalmente, há anos mais chuvosos ou menos
chuvosos em relação a outros. Também têm ocorrido algumas variações desse tipo
para cada mês em anos diferentes. O mesmo pode acontecer com relação às
temperaturas médias mensais e anuais. Alguns anos podem ser um pouco mais
quentes ou um pouco mais frios do que outros. Algo um tanto similar pode ser
observado em relação a cada mês específico em anos diferentesEm conformidade
com dados da estação meteorológica do município, a temperatura média da cidade
entre os anos de 1961 até 1990 foi de 20,9°C.O mês mais frio (julho)
apresentava uma média de 17,5°C enquanto que o mês mais quente (fevereiro)
apresentava uma média de 23,0°C.

Gráfico
01: Gráfico Climático de Sete Lagoas
Fonte:
http://pt.climate-data.org/location/2891/ - Acesso em 18/11/2013.
4.6 Aspectos Sócio econômicos
O Índice de
Desenvolvimento Humano – IDH, mede um território segundo a longevidade,
educação e renda de seus habitantes. Entre os anos de 1991 e 2010, o IDH de
Sete Lagoas passou de 0,511 para 0,760. O índice evoluiu 48,7%, representando
avanços positivos no desenvolvimento social e econômico da população. O maior
avanço foi sentido no aspecto Educação, que evoluiu 134,2% no período, índice
que mede a longevidade evoluiu 17,2% e o índice que trata da renda evoluiu
19,7%.

Tabela
01: Índice de Desenvolvimento Humano em Sete Lagoas
Fonte:
http://ceppedobrasil.com.br/setelagoasemnumeros/indice-de-desenvolvimento-humano-idh/#
- Acesso em 18/11/2013.
O município de Sete Lagoas conta com
408 locais destinados ao atendimento da saúde de sua população, dentre estes,
44 são centros de saúde, 281 consultórios isolados, 3 hospitais gerais, entre
outros. O município possuia 118 estabelecimentos de ensino em 2005, contra 127
estabelecimentos de ensino em 2012. No período, o aumento do número de
estabelecimentos de ensino foi de 7,6%. Destaca-se nesta análise o ensino
profissional, pois, entre os anos 2005 e 2012, foi o nível de ensino que mais
creceu em número de estabelecimentos educacionais, 85,7%.
No ano de 2000, a taxa média de
homicídios era de 1,6 para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2010, este
número elevou-se para 24,3 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
Trata-se de um indice superior à média do estado de Minas Gareis, mas inferior
à média nacional.

Tabela
02: Número de Estabelecimentos de Ensino em Sete Lagoas
Fonte:
http://ceppedobrasil.com.br/setelagoasemnumeros/numero-de-estabelecimentos-de-ensino-no-municipio/
- Acesso em 18/11/2013.
4.6.1 Demografia
A densidade
demográfica do município é igual a 398,3 habitantes para cada km², enquanto que
no Estado de Minas Gerais, é de 33,3 habitantes por km². A distribuição da
população em gênero e localidade, no ano de 2010, esta descrita no gráfico 03.

Gráfico
02: Distribuição Populacional em % - 2010
Fonte:
http://ceppedobrasil.com.br/setelagoasemnumeros/distribuicao-populacional-em/ -
Acesso em 18/11/2013.
4.6.2 Atividades Econômicas
A geração de
renda no município concentra-se no setor comercial e industrial, sendo que a
indústria se apresenta como maior geradora de empregos. A cidade ainda conta
com consideráveis potências econômicas ainda não exploradas, como o Turismo e a
Agro-indústria.
Em
sua economia, o município conta com diversas empresas e indústrias, que estão
concentradas na extração de calcário, mármore, ardósia, argila, areia e na
produção de ferro-gusa. A cidade possui um total de 23 empresas siderúrgicas.
Sete
Lagoas desponta como um grande polo comercial e industrial, aumentando
gradativamente sua importância no crescimento do Estado de Minas Gerais.
Existem em Sete Lagoas as seguintes fábricas: Ambev, Bombril, Elma Chips,
Embrapa, Itambé Laticínios, Iveco, Multitecnica, Brennand Cimentos, Caterpillar,
OMR – Componentes.
4.6.3 Infraestrutura
Sete Lagoas é
hoje, uma das maiores cidades de Minas Gerais, sem sombra de dúvidas. Muitos
investimentos estão sendo direcionados para a cidade. As grandes empresas que
estão investindo em Minas Gerais buscam cidades com características semelhantes
às de Sete Lagoas.
O grande
questionamento é se a cidade está preparada para receber estes vultuosos
investimentos e receber estas novas empresas que estão chegando.
Certamente, este
crescimento que chega, traz consigo também, problemas de ordem estrutural,
social, entre outros. Um dos problemas que temos visto, é com relação ao
trânsito de Sete Lagoas. As melhorias recentemente praticadas pela Secretaria
de Trânsito e Transporte Urbano, ainda não surtiram os efeitos desejados, mas
com certeza, estudos estão sendo feitos para que estes procedimentos tenham um
efeito imediato e duradouro.
Outra situação é
quanto às obras de infraestrutura que são realizadas; uma delas, na Avenida
Norte/Sul, que será importantíssima para o escoamento do trânsito do centro da
cidade e desvio do trânsito pesado do seu interior. Além disso, há ainda,
vários investimentos feitos nas outras áreas, e principalmente, na saúde, com
construção do Hospital Regional e Postos de Saúde, que hoje são 36 em pleno
funcionamento, além das reformas do Hospital Municipal.
4.6.4 Aplicação de Modelo Intra-urbano
As cidades
médias representam importantes centros econômicos e demográficos, definindo
novos papéis frente à recente organização territorial brasileira. As atuais
dinâmicas de consumo e produção que se estabelecem nos espaços intra-urbanos
dessas cidades influenciam e são igualmente condicionadas pelos novos arranjos
territoriais e econômicos relativos à produção e ao consumo do espaço urbano.
O processo de
urbanização ocorrido em Sete Lagoas /MG promoveu transformações sociais,
econômicas e políticas em sua estrutura intra e inter-regional. A expressiva
densidade populacional e econômica, características das cidades médias no
século XXI, revela a necessidade de se discutir perspectivas
teórico-conceituais como forma de estimular o debate sobre esses espaços e, com
isso, refletir novas formas de
intervenção e gestão nos espaços urbanos metropolitanos.
A cidade de Sete
Lagoas é uma típica cidade média de Minas Gerais e, apesar de estar tão próxima
da terceira maior região metropolitana do Brasil, desenvolveu uma respeitável
autonomia em relação à metrópole belohorizontina. Partindo de indagações tais
como àquelas que se referem aos objetivos, à gênese e à dinâmica dos processos
socioespaciais que explicam a atual inserção de Sete Lagoas na rede urbana
mineira, a posição relativa, a centralidade urbana conquistada por Sete Lagoas
em sua região. Entretanto, outros fatores tais como os agentes sociais e suas estratégias
e o modo como tais agentes se aproveitaram dessa posição geográfica para forjar
aquela autonomia, são cruciais para tornar inteligível a socioespacialidade e a
inserção de Sete lagoas na rede urbana mineira, na atualidade.
Com processo de
urbanização e expansão da cidade de Sete Lagoas e Belo Horizonte, este processo
geográfico de crescimento e unificação da malha urbana (e da borda limítrofe de
urbanização) de duas ou mais cidades. A conurbação é responsável pela formação
de regiões metropolitanas, mas não a única causadora.
A cidade cresce
e se expande, ampliando a sua presença além de seu perímetro urbano sobre
aglomerados rurais e aproximando-se de cidades vizinhas. As cidades vizinhas
passam a integrar a região metropolitana pelo processo de expansão e integração
que desaparecem com os limites físicos que antes haviam entre as áreas antes
distanciadas.
A conurbação
gera um conflito de entendimento entre as estruturas políticas, administrativas
e de espaço edificado de cada cidade. Um dos fatores para esse processo é a
demanda por espaços na cidade, conforme o crescimento demográfico e econômico,
a cidade tende a se expandir para todos os lados. A partir da década de 50, os
centros urbanos do Brasil tornaram-se envelhecidos perante a demanda urbana de
suas funcionalidades. Tornou-se necessário a construção de edificações modernas
que acompanhassem o fluxo de pessoas e o avanço da industrialização. A Cidade
de Sete lagoas não faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte, mas
seus reflexos são sentidos na capital, cidade de porte médio e em evidencia
industrial as atenções surgem como exploração de sua localidade estratégica e
potencial econômico a ser desenvolvido.

Mapa
01: Região Metropolitana de Belo Horizonte
Fonte: http://chicotrekking.blogspot.com.br/p/projeto-arredores-de-bh.html
- Acesso em 18/11/2013
4.7 Posição / Rede Urbana
Sete Lagoas
possui uma posição de destaque na região central de Minas Gerais. No que diz
respeito aos aspectos populacionais, seu crescimento na última década demonstra
tal assertiva. De acordo com o Censo do IBGE (2000), a população total alcançou
os 184692 habitantes, suplantando outras cidades médias mineiras não
metropolitanas, tais como, Divinópolis, Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete,
localizadas nessa mesma região central.
Essa
centralidade sete-lagoana, tornada visível ao longo da segunda metade do século
XX, já havia sido observada por alguns estudos (Bernardes, 1964, IBGE, 1972 e
IBGE, 1987), nos quais a cidade figura com relativo destaque na hierarquia
urbana nos sistemas estabelecidos. É confirmada posteriormente (IBGE, 1992,
CETEC/IGA, 1997), quando novamente a cidade aparece com destaque nas
regionalizações elaboradas, ou seja, ela é o centro de uma das mais de
trezentas microrregiões geográficas identificadas em todo o país e, também, o
centro de uma das vinte e cinco regiões administrativas nas quais fora dividido
o Estado de Minas Gerais.
A região de
influência direta de Sete Lagoas teve uma tendência de diminuir em direção sul,
como decorrência do recrudescimento do processo de metropolização de Belo
Horizonte. Entretanto, em direção noroeste, essa mesma região tem-se mantido
estável durante um longo período e, embora possa ter perdido, em termos
relativos, em atuação direta, não se pode afirmar que a influência sete-lagoana
deixou de ser presente nessas direções.
Ela ainda é significativa, porém
de uma forma mais difusa e, dependendo da direção, possui diferentes graus de
intensidade e de freqüência de relacionamentos, fato que faz de Sete Lagoas a
principal cidade, a mais bem equipada de toda a região que fica entre os vales
dos rios das Velhas e Paraopeba, desde os limites setentrionais da região
metropolitana de Belo Horizonte até a represa de Três Marias. Na verdade, em
direção oeste, o confronto de atuação regional sete-lagoana se dá com a área de
atuação de Divinópolis que, assim como Sete Lagoas, parece ter mantido o
respectivo comando de sua hinterlândia ao longo das últimas décadas.
A
posição geográfica de Sete Lagoas, de contato entre duas grandes regiões
fisionômicas e socioespaciais, ou seja, entre o Quadrilátero Ferrífero, zona de
ocorrência predominante de minerais ferrosos e da floresta tropical úmida, como
vegetação primitiva do centro-sul e leste de Minas Gerais (a região das MINAS)
e a região dos calcários do Bambuí, com uma típica vegetação de cerrados, nos
quais sobressaem os campos limpos e os cocais, conjugados a uma marcante
presença das pastagens (a região das GERAIS), influenciou profundamente seu
destino, assim como a organização espacial de sua hinterlândia. Essa posição de
contato constitui, ou pelo menos foi, durante muito tempo, o maior dos fatores
que beneficiaram a cidade. De fato, a posição geográfica de contato entre duas
grandes regiões no conjunto mineiro, favoreceu sobremaneira o surgimento e o
desenvolvimento de certos fatores, os quais, desde a origem até a atualidade,
foram, em muitas circunstâncias, os responsáveis pela construção da
centralidade setelagoana.
No
que tange às interações com Belo Horizonte é importante destacar que a
proximidade da metrópole foi benéfica para Sete Lagoas, na medida em que a
competente elite local sete-lagoana criou uma série de atividades em função da
capital, estabelecendo bases sólidas para o seu próprio crescimento, durante um
período, até cerca de 1960, antes que a capital mineira pudesse polarizar a
região próxima e concentrar tudo em si mesma. Além do mais, saliente-se que, em
boa medida, o papel político que a capital exerceu até os anos de 1960 foi
controlado por uma elite regional, em cujos quadros figurou a elite local
sete-lagoana (Nogueira, 2003).
Sete
Lagoas é uma cidade média que, como muitas outras hoje espalhadas pelo interior
do país, possui uma grande capacidade de concentrar as atividades do trabalho e
da técnica, pois como controlam a vida de relações de suas respectivas regiões,
delas dependem e por elas passam todos os fluxos gerados pelas atividades
regionais, notadamente, aquelas referentes ao campo (Santos e Silveira, 2001).

Mapa
02: Posição Geográfica de Sete Lagoas
Fonte:
http://www.revistas.ufg.br/index.php/bgg/article/view/4110/3627 - Acesso em
17/11/2013
4.7.1 Mesorregião
A mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte é uma das doze mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais. É formada pela união de 105 municípios agrupados em oito microrregiões. É considerada a mais rica do estado. Existe um projeto
denominado Rodoanel, sendo um contorno que vai ligar as rodovias que cortam a
região metropolitana e retirar de dentro das cidades o tráfego de veículos
pesados.
Belo Horizonte, Conceição do Mato
Dentro, Conselheiro Lafaiete, Itabira, Itaguara, Ouro Preto, Pará de Minas e Sete Lagoas.
Mapa 03: Mesorregião
Metropolitana de Belo Horizonte
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MinasGerais_Meso_MetropolitanadeBeloHorizonte.svg – Acesso em 05 de novembro de 2013.
4.7.2 Microrregião
A microrregião de Sete Lagoas é uma das microrregiões do estado brasileiro de Minas Gerais pertencente à mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população foi estimada em 2008 pelo IBGE em 406.743 habitantes e
está dividida em vinte municípios. Possui uma área total de 8.534,774 km². Araçaí, Baldim, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Capim Branco, Cordisburgo, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Jaboticatubas, Jequitibá, Maravilhas, Matozinhos, Papagaios, Paraopeba, Pequi, Prudente de Morais, Santana de Pirapama, Santana do Riacho.

Mapa 04: Microrregião
de Sete Lagoas
Fonte: http://www.abep.nepo.unicamp.br/xviii/anais/files/ST24[499]ABEP2012.pdf
– Acesso em 05 de novembro de 2013.
4.8 Entroncamentos (Carrefour)
Várias rodovias
estaduais e federais passam pela cidade de Sete Lagoas, interligando-a com as
cidades ao redor.
A rodovia
federal BR-040, que liga Belo Horizonte à Brasília, passa às margens da cidade
e faz entroncamento com a rodovia estadual MG-238, que vai até as cidades de
Papagaios e Pará de Minas.
A rodovia
estadual MG-231, faz a ligação com as cidades de Paraopeba, Cordisburgo e
Caetanópolis. A MG-238, liga às cidades de Santana do Pirapama e Baldim. A
MG-424, liga às cidades de Prudente de Moares, Matozinhos e Pedro Leopoldo.
Toda esta malha
viária favoreceu sobremaneira o desenvolvimento de Sete Lagoas, pois favorece o
acesso e o escoamento da produção e torna-se rota no caminho para várias outras
cidades importantes de Minas Gerais.

Mapa 05:
Entroncamentos - Sete Lagoas
4.9 Hierarquia Urbana
O conceito de
hierarquia urbana está baseado na noção de rede urbana, que é um conjunto
integrado de cidades que estabelecem relações econômicas, sociais e políticas
entre si.
No estudo
realizado pelo IBGE (1987) sobre as regiões de influência das cidades, uma
adaptação da teoria das localidades centrais à realidade brasileira e que
pretendeu ser uma revisão de um pioneiro estudo (IBGE,1972) sobre a divisão do
Brasil em regiões funcionais urbanas, a cidade de Sete Lagoas figura como um
centro sub-regional que, diretamente subordinado à metrópole regional de Belo
Horizonte, parece confirmar as conclusões elaboradas por Bernardes (1964). Sob
a tutela direta de Sete Lagoas estavam onze cidades: Araçaí, Baldim, Cachoeira
dos Macacos (atual Cachoeira da Prata), Caetanópolis, Cordisburgo, Fortuna de
Minas, Funilândia, Inhaúma, Jequitibá, Paraopeba e Santana de Pirapama e dois
centros de zona Pedro Leopoldo e Pompéu. As cidades de Capim Branco, Matozinhos
e Prudente de Morais subordinavam-se a Pedro Leopoldo e as cidades de Martinho
Campos e Papagaios estavam sob a tutela direta de Pompéu.
Importa frisar
que a região de influência direta de Sete Lagoas muito pouco mudou nas duas ou
três últimas décadas. Com exceção de Pompéu e de Pedro Leopoldo, esta segunda
sendo atraída para a órbita direta da metrópole de Belo Horizonte,
independizando-se ambas de Sete Lagoas, em verdade, a região que tal cidade
subordina diretamente permaneceu praticamente inalterada nos últimos decênios.
O fato acima
observado pode indicar, pelo menos, dois outros fatos que se complementam. É
que, se a região de influência direta de Sete Lagoas teve uma tendência de
diminuir em direção sul em função do processo de metropolização de Belo
Horizonte e em direção noroeste, essa mesma região tem-se mantido estável
durante um longo período e, embora possa ter perdido, em termos relativos, em
atuação direta, não se pode afirmar que a influência sete-lagoana deixou de ser
presente nessas direções.
Ela é ainda significativa,
porém de uma forma mais difusa e, dependendo da direção, possui diferentes
graus de intensidade e de freqüência de relacionamentos, fato que faz de Sete
Lagoas a principal cidade, a mais bem equipada de toda a região que fica entre
os vales dos rios das Velhas e Paraopeba, desde os limites setentrionais da
região metropolitana de Belo Horizonte até a represa de Três Marias. Na
verdade, em direção oeste o confronto de atuação regional sete-lagoana se dá
com a área de atuação de Divinópolis que, assim como Sete Lagoas, parece ter
mantido o respectivo comando de sua hinterlândia ao longo das últimas décadas.

Mapa
06 – Regiões de Influência – Minas Gerais
Fonte:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=729544 – Acesso em 17/11/2013
4.10 Outros aspectos importantes
4.10.1 Circuito Turístico
O setor do turismo está cada
vez mais inserido na economia mundial, por isso é inevitável que a sua dinâmica
de funcionamento também seja afetada por estas transformações. Além disso, o
turismo é um sistema onde suas partes estão integradas e se influenciam. Para
vencerem no atual mercado globalizado, as organizações turísticas estão
percebendo a importância de se articularem regionalmente para adquirirem
vantagens competitivas frente aos concorrentes. Consciente das transformações
no mercado e visando o crescimento da atividade no estado, o governo de Minas
Gerais implantou a política de turismo denominada Circuitos Turístico. Esta
política busca agrupar organizações ligadas ao turismo localizadas em uma região
com características turísticas própria, formando um produto turístico
integrado, investindo em seus municípios, organizando-os em conjuntos.
Circuito Turístico é o
fruto da implementação de um planejamento integral, que envolve um conjunto de
municípios de uma mesma região, com afinidades culturais, sociais e econômicas
que se unem para organizar e desenvolver a atividade turística regional de
forma sustentável, através da integração contínua dos municípios consolidando
uma atividade regional.
Isso ocorre pela integração
contínua das comunidades dos municípios, consolidando uma identidade regional,
em função de interesses e possibilidades de explorar turisticamente seus
respectivos patrimônios históricos, culturais e naturais, assim como outros
bens afins. É indispensável que pelo menos um desses municípios disponha de uma
infra-estrutura turística básica necessária para receber turistas, de modo que,
com base nisso, possam fortalecer-se os demais atrativos.

Mapa 07: Circuito das Grutas – Minas Gerais
Fonte: Associação
do Circuito Turístico das Grutas – ACTG
As
cidades que compõe o circuito são: Baldim, Caetanópolis, Capim, Branco
Cordisburgo, Jequitibá, Lagoa Santa, Matozinhos, Paraopeba, Sete Lagoas, e Vespasiano
Cordisburgo, Jequitibá, Lagoa Santa, Matozinhos, Paraopeba, Sete Lagoas, e Vespasiano
Em
Sete Lagoas, a Gruta Rei do Mato é a terceira aberta à visitação no circuito. É a segunda Gruta mais visitada no Estado. Tem 998m de
extensão dos quais 220m estão abertos à visitação pública. O desnível chega aos
30 metros. Ostenta espeleotemas bastante incomuns e de extraordinária beleza,
com destaque para o 4º e último salão, denominado Salão das Raridades, onde se
encontram duas colunas de cristal de calcita, perfeitamente simétricas, com
cerca de 12m de altura e 25cm de diâmetro - formação raríssima. A
Serra de Santa Helena é outro cartão postal da cidade. No Parque da Cascata, um
trabalho de educação ambiental voltado para crianças é o destaque.
5. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ao longo do
nosso trabalho, pudemos perceber a importância da cidade de Sete Lagoas, no
contexto estadual e também nacional. Destaca-se o fato de estar localizada numa
região estratégica, centralizada, e sua proximidade com a capital Belo
Horizonte.
Sito às margens
da Serra de Santa Helena, a cidade apresenta características favoráveis de
relevo, fator determinante para o desenvolvimento. Sua posição relativa também
influência na dinâmica de expansão e zona de influência, que tende às cidades
ao norte, visto que ao sul é área de abrangência da capital mineira.
Pode-se
perceber, face às características físicas e geográficas, que Sete Lagoas
apresenta condições importantes para destacar-se como centro polarizador da
microrregião que leva o seu nome. É
uma cidade média que, como muitas outras hoje espalhadas pelo interior do país,
possui uma grande capacidade de concentrar as atividades do trabalho e da
técnica, pois como controlam a vida de relações de suas respectivas regiões,
delas dependem e por elas passam todos os fluxos gerados pelas atividades
regionais.

Nenhum comentário:
Postar um comentário